RSI
O modo de vida do homem passa por diversas modificações ao longo do tempo, a vontade e a necessidade do aprender é constante e ilimitada. As formas de dominação de uma classe a outra sempre passarão pelo viés do conhecimento antes guardado a 7 chaves e hoje camuflado, em liberdade no escrever.
Houve um tempo na história da sociedade humana que uma minoria que dominava a escrita e por assim dizer ditavam as regras de que o restante da população deveria fazer. A escrita e livros eram dominados pela igreja e pela realeza, os regimes monárquicos postergaram por muito tempo, mas a invenção da imprensa ajudou e muito a abrir os olhos dos cidadãos, que nesta época nem sonhavam, com rádio, tv e quem dirás internet. O ciberespaço que vivemos atualmente através de um smartphone ou qualquer objeto eletrônico conectado a rede, nos proporciona uma gama de informações e conhecimentos a serem filtrados e bem condensados mas não infelizmente ao nosso bel prazer, mas aos interesses de grandes empresas que descobriram nos dados uma fonte de lucro e poder. A experimentação das tecnologias da informação nos dão prazer, conhecimento, diversão e nos faz ganhar o nosso sustento, com um mundo tão conectado, não estar na rede com outros é o mesmo que não existir no planeta.
Alguns pais podem reclamar com seus filhos sobre o uso talvez exagerado de das redes sociais e de outros ambientes que o ciberespaço nos proporciona e nos rodeia a todo instante. convém ressaltar que crianças e jovens hoje, vivenciam o crescimento, evolução e propagação deste ambiente. O conhecimento que era adquirido e partilhado por poucos, agora é compartilhado e tratados por todos à rede, sendo assim o modo de ensino vem se modificando em sala de aula e fora dela, você tem hoje o recurso da simulação, trazendo a projeção do mundo real ou de um ambiente completamente distante que demandaria horas e recursos financeiros para podermos ir até ele e agora através de óculos e salas ambientadas a um software simulador podemos ampliar a nossa imaginação com ajuda de agentes externos. Porém, como nem tudo são flores a coleta de dados feita por algumas empresas como Facebook e Google por exemplo ditam o que grupos e as pessoas devem usufruir na internet, descrevendo perfis, idades, gostos e etc. Dando a ideia de inteligência coletiva, uma inteligência automática que mascara a real intenção de manipulação dos seus usuários.
Estarmos atrelados a tecnologia é algo que não dá para se desprender, o mundo moderno exige isso de nós. Contudo, não esqueçamos que somos seres pensantes, mas isso não quer dizer que somos marionetes de informação mesmo com o desejo imenso de aprender sempre, procurar e descobrir como as informações e dados são manipulados na internet é fundamental para não sermos tratados como idiotas informacionais.
Essa talvez seja a grande ambiguidade que estamos vivenciando nas redes atualmente: por um lado, o ideal e a possibilidade da inteligência coletiva, de compartilharmos saberes, de aprender uns com os outros, de colaborarmos, de sermos livres; por outro lado, a manipulação das informações, os filtros que nos aprisionam em bolhas (ou currais), a submissão aos algoritmos, o culto à visibilidade frívola, sem um pensar crítico. O grande desafio de nosso tempo, especialmente da educação, é conseguir trazer à luz essas ambiguidades para podermos pensar e entender o que nos passa, enquanto humanidade...
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